As cinco mais importantes instituições financeiras do país ( Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Unibanco e Santander) registram em seus balanços cerca de 100 mil imóveis retomados por inadimplência dos mutuários. Esses dados são oriundos da ReSale, startup especializada na venda desses bens e acelerada pelo BTG Pactual – Boostlab.
Os números apontados acima correspondem a 74% dos 121,5 mil imóveis novos expostos à venda no país. Essa situação (inchaço dos balanços da carteira de imóveis) não deixa de ser um empecilho ao crescimento da Construção Civil pela oferta ou financiamento mais limitado. O setor está se recuperando aos poucos, mas ainda está muito frágil, exceto já nas regiões de alto padrão de São Paulo, por exemplo.
Os citados bens retomados pelos maiores bancos representam em torno de R$18,14 bilhões. A Caixa detém 61% do total, ao redor de 63 mil imóveis na carteira, o equivalente a R$11 bilhões. Na verdade, Banco não é imobiliária e custa muito caro manter essas unidades habitacionais nos registros contábeis, além de ser um péssimo negócio.
Com essa retomada crescendo, as instituições financeiras tendem a ser mais criteriosas na concessão de financiamentos para o setor produtivo. Tal realidade pode desestimular novos projetos na área de construção , com impactos na geração de empregos e renda do setor e a repercussão na composição do PIB.
Apesar dos percalços, o mercado imobiliário também vem colhendo crescimento. No segundo trimestre, ocorreu aumento de 16% nas vendas sobre idêntico período de 2018, de acordo com Cbic.
É isso aí!
Fontes: Jornal O Globo, ReSale, Cbic, ABMH, Valor Economico.
